Por Gabriel Martins

Pianista iguaçuana festeja depois de receber, este mês, o 28o Prêmio de Música Brasileira, no Teatro Municipal.

B A pianista Maria Teresa Madeira conquistou mais um prêmio por sua obra “Ernesto Nazareth integral”: o 28o Prêmio da Música Brasileira, que foi entregue no último dia 19, no Teatro Municipal do Rio. Ela foi vencedora na categoria álbum erudito, e concorreu com a Orquestra Ouro Preto e o Quarteto Ra- damés Gnatalli. Este não é o primeiro prêmio que a igua-

çuana recebe pelo álbum in- tegral. Ela também ganhou o Bravo! 2016 por melhor dis- co erudito, em cerimônia re- alizada no dia 29 de março desse ano, no Teatro Paulo Autran, em São Paulo.

Bacharel em piano pela Es- cola de Música da UFRJ e mestre em Música pela Uni- versidade de Iowa, nos Esta- dos Unidos, Maria Teresa foi considerada uma criança prodígio. As dois anos, ela já começava a arriscar as primeiras notas no piano. O fato de sua mãe ter uma escola de dança e música, em Nova Iguaçu, contribuiu para a paixão pela música.

— Nasci em um universo artístico e comecei a aprender piano na escola da minha mãe

Sempre me dediquei à música, mas decidi que ia seguir essa carreira profissionalmente. Com uma vida corrida, ela divide seu tempo entre as gravações em estúdio e as aulas que ministra na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio):

— Estou há 8 anos na Uni- rio. Ministro aulas e cursei meu doutorado lá.

DEDICAÇÃO
Maria Teresa Madeira cursou mestrado nos EUA e hoje é professora de Música na Unirio

A pianista relembra que nossa tradição em concertos é recente, mas que o público que gosta da arte realmente acompanha os espetáculos:

— Em comparação à Euro- pa, a nossa tradição em con- certos é nova. Contamos com um público relativamente pequeno, mas que também é bastante fiel.

Atualmente moradora do Rio, Maria Teresa guarda bo- as lembranças de Nova Igua- çu e acredita que a cidade tem chances de se desenvol- ver mais no campo artístico.

— Tenho ótimas lembranças de Nova Iguaçu. Grandes amigos, as escolas que estudei, tudo de lá — elogia:

— Precisa haver mais incentivos locais a projetos cultu- rais. Lembro das dificuldades de minha mãe em manter a escola. Há muita gente ta- lentosa na Baixada que só precisa de investimento para brilhar ainda mais. st

Matéria Jornal Extra, Nossa Gente.